segunda-feira, 17 de novembro de 2008

LIBERDADE POÉTICA

O espelho não me prova que envelheço
Enquanto andares par com a mocidade;
Mas se de rugas vir teu rosto impresso,
Já sei que a morte a minha vida invade.
Pois toda essa beleza que te veste
Vem de meu coração, que é teu espelho;
O meu vive em teu peito, e o teu me deste:
E nem penses em volta, morto o meu,
Pois para sempre é que me deste o teu.

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